Não eu, mas minha alma resolveu te esperar
Não no meu tempo, mas no tempo dela
Sei lá quanto tempo do meu tempo isso pode levar
Só sei que no tempo da minha alma pode ser muito tempo
Não eu, mas minha alma resolveu te dar uma chance
Não chance para mudar o corte do cabelo, o estilo das roupas…
Mudar, para minha alma, tem a ver com forma de pensar, de agir, de ser…
Não mudar de cidade, estado, país…mudar o âmago, o profundo…o destino
Não eu, mas minha alma resolveu te esperar
Não como eu, que te esperaria por um dia, um mês, um ano…
Minha alma pode te esperar por décadas, séculos, milênios
Não eu, mas minha alma sabe que pode te encontrar de novo
Não numa esquina, num bar, numa festa…
Mas em outra pessoa, outro ser, outra era
Não eu, mas minha alma insiste que foram feitos um para outro
Me contraria em dizer que não foi um fim, apenas um longo, longo “tempo”
Um “tempo” num lugar onde o tempo não existe
Não eu, mas minha alma garante que já te conhecia
E que o tempo em que estivemos juntos
Foi um dos reencontros depois de muito, muito tempo
Não eu, mas minha alma diz, que desde o primeiro encontro
Você e ela mudaram muito, se aproximaram mais
Mas ainda não o suficiente para viver juntos por uma vida
Não eu, mas minha alma resolveu te esperar
Não porque quer, confidenciou, mas porque precisa
Não pelos encontros e desencontros aqui, onde o tempo tem tempo certo para acontecer
Mas porque em algum momento, num lugar onde não há tempo
A tua alma e a minha eram uma só.
Cristian Menezes 03/2020

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