sexta-feira, fevereiro 14

Minh'alma, o tempo e você



Não eu, mas minha alma resolveu te esperar

Não no meu tempo, mas no tempo dela

Sei lá quanto tempo do meu tempo isso pode levar

Só sei que no tempo da minha alma pode ser muito tempo


Não eu, mas minha alma resolveu te dar uma chance

Não chance para mudar o corte do cabelo, o estilo das roupas…

Mudar, para minha alma, tem a ver com forma de pensar, de agir, de ser…

Não mudar de cidade, estado, país…mudar o âmago, o profundo…o destino


Não eu, mas minha alma resolveu te esperar

Não como eu, que te esperaria por um dia, um mês, um ano…

Minha alma pode te esperar por décadas, séculos, milênios


Não eu, mas minha alma sabe que pode te encontrar de novo

Não numa esquina, num bar, numa festa…

Mas em outra pessoa, outro ser, outra era


Não eu, mas minha alma insiste que foram feitos um para outro

Me contraria em dizer que não foi um fim, apenas um longo, longo “tempo”

Um “tempo” num lugar onde o tempo não existe


Não eu, mas minha alma garante que já te conhecia

E que o tempo em que estivemos juntos

Foi um dos reencontros depois de muito, muito tempo


Não eu, mas minha alma diz, que desde o primeiro encontro

Você e ela mudaram muito, se aproximaram mais

Mas ainda não o suficiente para viver juntos por uma vida


Não eu, mas minha alma resolveu te esperar

Não porque quer, confidenciou, mas porque precisa

Não pelos encontros e desencontros aqui, onde o tempo tem tempo certo para acontecer

Mas porque em algum momento, num lugar onde não há tempo

A tua alma e a minha eram uma só.




Cristian Menezes 03/2020


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