Quem disse que aprender é fácil. Esse, meu caro, errou e errou feio.
Arrancar do amago da vida a verdade, Aquilo que difere o belo da fealdade
Que traduz o desvio em esteio. É tarefa árdua, pois é o fim, não o meio
Dos numerais tirar a lógica do universo. E dela, a razão entre côncavo e convexo
Das “logias” o entendimento maior de nós mesmos
Ver na agonia, no caos em que vivemos,
O sentido maior do porquê nascemos,
aquilo que justifique nossa dor, nossos complexos.
Do estudo da Terra e suas grafias, entendê-la como Gaia, mulher, mãe e finita
Para além dos seus “cardeais”, sua “Geo”, suas entranhas, estranhas, intrínsecas, perceber
Gaia como “alguém”, que nasce, cresce, envelhece e pode perecer.
“Alguém”, que como todo mundo, não pode só ofertar, dar, sem nada receber.
Tratados, promessas hão de enternecê-la, mas cuidado e respeito é o que Ela espera
daquele ser, sapiens, filho… que a habita.
“Eu sou o que sou aqui e agora”, dizem os céticos imediatistas
Legando à História meras lembranças, brisas de esquecimento
Mas querer saber quem sou sem saber quem fui, reaprender a si mesmo a todo momento
É no mínimo uma didática niilista, que desaprende o valor da experiência
e nos torna meros errantes, ingênuos otimistas
É uma matemática existencialista simples: quem fui mais o que sou resultando em um EU melhor,
Menos caótico, menos insensível.
Do pó ou da ameba? Eis a questão? A Biologia diria que não
Os seres vivos muito mais coisas são
que tão somente, meramente a teimosa teima
Entre um inglês e a Católica Santa Igreja
Não tem só a ver com o Monera, o Fungi ou o Protista
Observar, classificar os vivos muito mais conhecimento enseja
Dela depende quanto tempo temos e poderemos ter
Sem ela não teria o remédio que cura a doença
A bebida que inebria e faz suportar
A tabela que periodiza todos os elementos
Faz do químico ao alquimista seu altar
É a mesma que eleva e pode destruir

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