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| Pawel Kuczynski - pintor e desenhista polaco |
Não eu, mas minha alma
resolveu te esperar
Não no meu tempo, mas
no tempo dela
Sei lá quanto tempo do
meu tempo isso pode levar
Só sei que no tempo da
minha alma pode ser muito tempo
Não eu, mas minha alma
resolveu te dar uma chance
Não chance para mudar o
corte do cabelo, o estilo das roupas…
Mudar, para minha alma,
tem a ver com forma de pensar, de agir, de ser…
Não mudar de cidade,
estado, país…mudar o âmago, o profundo…o destino
Não eu, mas minha alma
resolveu te esperar
Não como eu, que te
esperaria por um dia, um mês, um ano…
Minha alma pode te
esperar por décadas, séculos, milênios
Não eu, mas minha alma
sabe que pode te encontrar de novo
Não numa esquina, num
bar, numa festa…
Mas em outra pessoa,
outro ser, outra era
Não eu, mas minha alma
insiste que foram feitos um para outro
Me contraria em dizer
que não foi um fim, apenas um longo, longo “tempo”
Um “tempo” num lugar
onde o tempo não existe
Não eu, mas minha alma
garante que já te conhecia
E que o tempo em que estivemos
juntos
Foi um dos reencontros
depois de muito, muito tempo
Não eu, mas minha alma
diz que desde o primeiro encontro
Você e ela mudaram
muito, se aproximaram mais
Mas ainda não o
suficiente para viver juntos por uma vida
Não eu, mas minha alma resolveu
te esperar
Não porque quer, confidenciou,
mas porque precisa
Não pelos encontros e
desencontros aqui, onde o tempo tem tempo certo para acontecer
Mas porque em algum
momento, num lugar onde não há tempo
A tua alma e a minha
eram uma só
Por Cristian Menezes em 03/2020

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